1. Chá de abacate com hortelã
Um boato que ganhou grande proporção pelo Whatsapp afirma que “uma revelação de Nossa Senhora de Fátima” teria apontado uma infusão específica contra a doença. Embora a bebida, por si só, não prejudique o corpo humano, também não existe nenhuma comprovação sobre sua eficácia contra o Covid-19 . O risco está no fato de que, ao ingerir o preparo, pessoas infectadas acreditem em uma cura que não aconteceu, transmitindo a doença para outras pessoas.
A receita é mencionada no site da Fiocruz, com o aviso de que “até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus”.
2. Uísque e mel contra coronavírus
O boato surgiu ainda no início do surto, quando um professor britânico afirmou ao portal The Sun que a mistura alcoólica com mel teria sido responsável pela sua cura. A dica, porém, pode piorar ainda mais o quadro dos infectados, já que o álcool presente do uísque pode sobrecarregar o corpo.
Existe ainda o argumento de que, por ser sensível ao álcool, o vírus morreria com a mistura dentro do corpo humano. É importante destacar, porém, que infecções virais seguem um ciclo natural até serem tratadas pelo próprio corpo, não existindo assim uma cura propriamente dita.
3. Alho e água quente
Outra informação falsa bastante compartilhada pelo Whatsapp, a receita que orienta uma espécie de infusão de dentes de alho com água para a “cura imediata” do coronavírus também oferece riscos por substituir a prevenção real contra o vírus e, assim, contribuir para a desinformação em um momento de emergência.
4. Chá imunológico combate o novo coronavírus

Embora exista, de fato, algum embasamento no fortalecimento do sistema imunológico como forma de prevenção ao novo vírus e no fortalecimento da saúde em geral, é importante destacar que prevenção e cura são diferentes.
Limão, alho, beterraba e gengibre são alguns dos ingredientes citados pelas correntes que circulam tanto pelo Whatsapp quando pelo Twitter. As receitas são úteis, sim, para garantir uma alimentação equilibrada e suprir nutrientes importantes para o corpo, mas não combatem a doença caso o paciente já esteja infectado e não devem substituir a prevenção básica.
5. Vinagre para desinfetar
Em um vídeo bastante popular no Facebook, um suposto profissional de saúde menciona o esgotamento do álcool gel nas prateleiras de farmácias e oferece uma alternativa: o vinagre, que seria ainda mais eficaz para higienizar as mãos e o ambiente e, assim, combater o novo coronavírus.
Preocupado com a disseminação de informações falsas, porém, o Conselho Federal de Química (CFQ) informou que o vinagre é um “produto relativamente ineficaz na destruição de microrganismos ”, uma vez que sua composição é a base de ácido acético, um ácido considerado fraco que é pouco eficaz na desnaturação de proteínas.
Sobre o mesmo assunto, o Ministério da Saúde também emitiu uma nota e destacou que “o álcool em gel 70% ou líquido é um dos principais métodos de prevenção contra o coronavírus ”. Para contornar a falta do produto para vende devido a alta procura, até mesmo farmácias de manipulação estão autorizadas a produzir álcool em gel.
É importante lembrar, porém, que apenas estabelecimentos especializados e autorizados podem manipular o álcool. Não existe maneira segura ou eficaz de produzi-lo em casa.